Este
último fim-de-semana foi completamente memorável para todos os elementos do
Bike RodaLivre que participaram na “L’Étape du Tour 2014” que decorreu nos
Pirinéus. Com uma distância de 145 km, a L’Étape du Tour teve início na cidade
de Pau e terminou no alto do Col du Hautacam, tendo um desnível positivo a
rondar os 4000 metros. Uma prova que à partida já sabíamos que seria muito
dura, mas que com o agravamento das condições atmosféricas se tornou num
autêntico tormento quase intransponível para todos aqueles que tiveram o
privilégio de participar e terminar esta prova lendária.
A
nossa aventura começou ainda no dia 17 de julho com o acondicionamento de todo
o material nas viaturas que utilizámos para o transporte. O início da viagem
rumo a terras gaulesas foi pelas 03h00 da madrugada aqui do Entroncamento e
seguimos rumo a Abrantes para nos juntarmos ao resto do grupo. A viagem até à
cidade francesa de Pau decorreu com muita normalidade, denotando-se no rosto de
todos nós muita espectativa para esta aventura.
Após
termos chegado ao nosso “Quartel General”, arrumámos os nos nossos pertences e
todo o material. Ainda houve oportunidade para levantarmos os nossos dorsais na
“Village du Tour”, onde aproveitámos para fazer também algumas compras.
A actividade no sábado iniciou-se com um
treino matinal, tendo alguns elementos optado por fazer treino em montanha, com
a subida ao Col de Aubisque e outros por um treino mais ligeiro em terreno
plano. A tarde de sábado foi dedicada ao descanso e à visita do Hautacam.
O
domingo estava prestes a chegar e o início da L’Étape du Tour também. A
adrenalina era notória em todos nós. A apreensão era enorme, mas, com a chegada
da hora H, todos saíram para a estrada numa demonstração de força contra as
condições meteorológicas.
Iniciada
a prova e estabilizada toda a tensão inicial, foi-se galgando paulatinamente
quilómetros e ciclistas até que a chuva teimou em nos fazer companhia. Se a
subida do mítico Col du Tourmalet é difícil de concluir, com chuva, a
dificuldade aumentou significativamente. Mas o tormento maior sentiu-se na
descida vertiginosa com cerca de 25 quilómetros até atingirmos o sopé do Col do
Hautacam, onde os acidentes foram sucedendo e o frio e a chuva condicionavam a
saúde de alguns ciclistas.
Chegados
ao início da última subida, recebemos novamente uma injecção de ânimo que nos
ajudou a alcançar o momento de glória mais esperado que era a transposição da
linha de meta no cimo do Hautacam.